segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

033 - Falando de Rainhas e Faraós e Pessoas Bitoladas

Olá, amadjeenhos de Tom!
Tudo bom vocês? Espero que sim! Por aqui, uma loucura só!
Bem, estas últimas semanas, eu rolei uma enquete como resposta aos insistentes clamores de algumas pessoas que acompanham meus trigêmeos. Como sempre pediram que eu colocasse notas nas avaliações, eu pensei que esta seria a hora ideal para deixar que VOCÊ, car@ leitor@, decidisse por mim (é, eu sou assim quando tenho minha mente feita e do nada mudo de idéia - a dúvida impera).
E a enquete finalizou assim:
Sendo assim, como dizem que a voz do povo é a voz de Deus, faço minhas as palavras de clamor popular e anuncio que o sistema de cotações de obras da Discoteca, da Biblioteca e da Filmoteca permanecem!
APLAUSOS
E então, partamos à obra de hoje, que é isso o que o povo gosta, não é?
A postagem de hoje veio me ensinar que não devemos de modo algum deixar negócios não finalizados neste blog nesta terra neste plano astral, afinal, aquilo que nos comprometemos a fazer (mesmo que o compromisso seja interno ou nem tenhamos marcado nós mesmos), eventualmente, volta para cobrar o seu cumprimento. E não raro pode sair caro protelar, então façamos enquanto ainda está barato (neste meu caso, de graça)! Se se trata de um@ amig@, então...
E vamos aos trabalhos!

Fonte da imagem: http://www.rhapsody.com/

Álbum: It's Obvious It's Obvious
Artista: Gabe Lopez
Gravadora: Red Queen Music - Sound Axis/Universal
Data de lançamento: 09/06/2014
Lá nos primórdios da Discoteca (sim, eu falo como se este blog já fosse algo antigo e completamente estabelecido, hahaha), eu estava a preparar um post sobre It's Obvious It's Obvious, afinal, quem tem amigos músicos deve falar sobre eles, ainda mais sendo alguém prolífico e talentoso como Gabriel Steve Lopez! Mas então, ele me enviou de presente "California Blues", seu single às vias de ser lançado em parceria com a diva Belinda Carlisle. O post permaneceu para completude na listagem, mas foi sendo empurrado pela minha vontade de evitar repetir um artista principal - até o momento em que Clarice Falcão arrebentou meu esquema. Ficou meio ridículo segurar este texto, então. Tratei de finalizá-lo para entregar a vocês!
Fonte da imagem: https://www.facebook.com/gabelopezsongs
Em 2014, Gabe já tinha seu nome estabelecido como produtor e compositor para uma gama de artistas dos mais variados gêneros de muitas partes do mundo - o que lhe garante ao menos um Top 5 em seu crédito em vários mercados importantes. Seus primeiros álbuns, "This Is about You" e "Shine Like the Sun", capturaram a atenção dos críticos e o tornaram uma espécie de sucesso underground com um som bem mainstream. Após algum tempo lançando singles esporádicos, Gabe Lopez aparece com It's Obvious It's Obvious.
It's Obvious It's Obvious traz elementos de electropop, uma novidade para Gabe, que antes seguia um som mais puro e orgânico para si - talvez influência dos inúmeros artistas que ele tem produzido ao longo dos anos, quase todos ávidos por um espaço ao sol das rádios dominadas pelo "R&B eletrônico". Absolutamente todas as faixas do álbum tem algum efeito sobre os vocais e/ou sobre a instrumentação. Em primeiras audições, estranhei do mesmo jeito que ainda estranho "25" - não entendo a razão de cantor@s com vozes lindas e potentes como Gabe, Christina Aguilera e Adele toparem submeter seus vocais a tratamentos desnecessários e que pouco acrescentam à música (convenhamos, nenhum dos três tem um "Believe" em suas discografias, onde o vocoder simplesmente FEZ a canção).
Fonte da imagem: http://www.bandsintown.com/
O primeiro single, "Red Light", é o melhor de todos os singles de It's Obvious It's Obvious e de leve anunciava que algo diferente viria no som do senhor Lopez: sua voz aparece, em alguns momentos, quase coberta por efeitos, assim como a instrumentação, mas o "som Gabe Lopez" ainda está lá: é como se "Sunday Summertime" (do primeiro álbum, "This Is About You") fosse coberta por uma cobertura eletrônica para virar uma sobremesa nova. Uma canção solar, pra ouvir enquanto dirige para uma praia com amigos ou mesmo sozinho, cantando a plenos pulmões.
Do mesmo jeito que canções como "Nothing But Blue" (que não foi atrelada a nenhum álbum) referenciaram influências de Gabe (no caso, U2), as referências aqui também pipocam aqui e acolá. O refrão do segundo single, "Hush Your Mind" lembra demais "Alive and Kicking", dos Simple Minds. Mais óbvias em alguns casos, mais escondidas em outros, mas todas formaram um conjunto deliciosamente pop.
A temática LGBT entrou aqui com força total, especialmente nas faixas que abrem o álbum, "Butch Cassidy" e "Cuz U Like Boys" (quarto e terceiro singles, respectivamente). As letras são óbvias, com (em "Butch Cassidy", Gabe dispara "você é uma rainha, não um faraó". Depois de bradar "No Hate" a@s homofábic@s, Lopez sai da sua zona de conforto para pontar o dedo a@s (supostos) bissexuais, escondid@s e/ou problemáticos. Não me parece uma atitude muito legal forçar alguém a sair do armário sem se sentir confortável para tal, mas rendeu músicas legais.
Fonte da imagem: https://www.facebook.com/gabelopezsongs
Os videoclipes dos singles merecem um parágrafo para eles. "Hush Your Mind" e "Butch Cassidy" se utilizam de cenas de filmes antigos que já entraram em domínio público nos Estados Unidos - e o resultado do primeiro é hilário. Já o segundo brinca com a letra e certas "anedotas" cercando alguns dos atores mostrados. "Cuz U Like Boys", por sua vez, tem um videoclipe que assisti pelo menos duas vezes para buscar algum entendimento, chegando à única conclusão de que não seria um clipe que me faria mudar de canal quando passasse na MTV.
No final do álbum, o electropop parece se despedir quando os efeitos cessam e ouvimos instrumentos reais em som puro na caçadora de lágrimas "Goodbye to You", que finaliza o álbum. Mas é mero engodo, é apenas um pequeno momento acústico para lembrarmos que, mesmo com toda a confeitaria, Gabe Lopez continua sendo o garoto que canta "Ain't No One" com uma guitarra por aí e sentava ao piano para entoar "Everything's Gonna Be Fine". Mas se aventurando por novas praias.
Fonte da imagem: http://www.kolafm.com/

DUH!
É óbvio que It's Obvious It's Obvious (não, eu não resisti à piada) é um item diferente da discografia de Gabe Lopez. Mesmo com alguns problemas, está longe de ser um álbum ruim (exceto para aquel@s que não gostam de electropop, que devem estar ultrajad@s até hoje), é apenas um álbum, como eu disse, diferente. Com mais audições, ele começa a crecer em você e algumas coisas não muito óbvias (sim, eu sei...) vão se revelando pouco a pouco, e a obra cresce em você.
Vale a pena conhecer esta nova faceta do senhor Lopez.

VEJAM TAMBÉM!
Biblioteca

"Unidades de Conservação de Alagoas"
(técnico)
Alex Nazário Silva Oliveira, Clarice Maia F. de Amorim e Rosângela P. de Lyra Lemos
Filmoteca

"Bons Costumes"
(longa-metragem)
Stephan Elliott

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