terça-feira, 15 de dezembro de 2015

035 - Mulher Solteira Procura...

Olá, crionças amadas de Tom!
Que bom encontrar tod@s vocês novamente! Bem-vin@s a mais uma postagem aqui, na minha, na tua, na sua, na nossa, na vossa, na deles, na Discoteca!
MiniTom e eu somos apaixonados por vozes femininas. Boas vozes nos levam a outros lugares sem sair do canto, mas vozes femininas nos trazem um conforto inexplicável. Grupos femininos, então, são o céu.
E minha nossa, como há uma infinidade de grupos para se ouvir! Há os grupos que cantam em uníssono, há aqueles sempre liderados por uma ou duas integrantes (ou que todas as canções são cantadas por apenas uma das integrantes solando), há os grupos em que todas são solistas... Isso sem falar se a mídia as classifica como "boas meninas", "más meninas", "feministas", "de gosto duvidoso", "barraqueiras"... O século XX nos forneceu as bases de tudo e toda sorte de grupos para melhor deleitar @ ouvinte! E é sobre um destes grupos de meninas que falaremos hoje.
Vamos aos trabalhos!

Fonte da imagem: https://chrisflinterman.files.wordpress.com/

Single: Be My Baby
Artista: The Ronettes
Gravadora: Philles Records 116
Data de lançamento: 08/1963
Fonte da imagem: https://en.wikipedia.org/
Ah, os anos 1950 e 1960... época em que as músicas pop raramente chegavam aos três minutos de extensão, e onde tudo era mais falsamente inocente que neste supersexualizado 2015. Também época onde revoluções históricas giraram os rumos do planeta em 135° (não, eu não falo 180°): ditaduras aparecendo na América Latina e na África, a liberação feminina a causar uma reviravolta nas estruturas familiares e trabalhistas ocidentais, o rock'n'roll dominando a cena pop.
O mundo pop estabelecia as bases para o que viriam a ser as canções dominantes nas rádios de hoje. Os atos também foram tomando uma forma diferente dos anos anteriores. Elvis trouxe um rebolado impensável a um cantor branco - você jamais verá Tony Bennett mexendo o popozão. Grupos vocais iniciavam seus primeiros passos de dança - especialmente os grupos femininos. Nesta seara, os grupos de uníssonos deram lugar a grupos com um@ líder vocal. Entre os grupos femininos da época, destacam-se as Supremes (de onde saiu Diana Ross) e as meninas de quem falaremos agora: as Ronettes.
As irmãs novaiorquinas Veronica e Estelle Bennett, e sua prima Nedra Talley se juntaram ainda adolescentes e formaram o grupo The Darling Sisters. Elas conseguiram um contrato com a gravadora Colpix e lançaram alguns singles, mas nada muito relevante. A sorte mudaria quando elas mudaram seu nome, encontraram o lendário (para o bem e para o mal) Phil Spector (com quem Veronica viria a ser casada por alguns anos) e assinaram com seu selo Philles. De cara, já começaram com esta peça - que me foi "encomendada" pelo Roberto Hawthorne.
Fonte da imagem: https://en.wikipedia.org/
Be My Baby é considerada a pedra de roseta do rock progressivo. Ninguém mais, ninguém menos que Brian Wilson declarou ser esta a melhor canção já produzida! Então, é óbvio que esta canção composta por Spector, junto com Jeff Barry e Ellie Greenwich tem seu poder! O que eu penso sobre ela? Bem...
Conheci esta peça na trilha sonora do filme "Dirty Dancing". Minha reação imediata foi passar a faixa para a próxima ainda na metade do primeiro refrão. A letra, meio grudenta, meio desesperada (Na noite em que nos conhecemos, eu vi que precisava de você. E se tivesse a chance, jamais deixaria você partir - então, você não vai dizer que me ama?) também não advogou em sua causa. Com o tempo, alguma apreciação sobre os vocais de Ronnie Spector cresceu e sobre a própria canção, quando percebi que ela realmente serviu como base para várias outras de que gosto que vieram após ela, em batida ou arranjo. Mas ainda assim, Be My Baby me passa batido, simplesmente não conquistou meus ouvidos.
Be My Baby ganhou presença obrigatória em reality shows - principalmente as competições de cantor@s. Eu fico com os dentes rangendo Todas as vezes que assisto (se bem que houve uma versão bem interessante no meio do bolo).
Be My Baby foi o início do relacionamento das Ronettes com Phil Spector, que duraria até o final do grupo. E começaram em grande estilo. Ter em uma gravação sua Darlene Love e Sonny & Cher fazendo côro em 1963 é o equivalente a ter Taylor Swift, Beyoncé e Jay-Z à sua disposição no estúdio em 2015. Isso é que é o poder de um produtor de nome!
Fonte da imagem: https://www.pinterest.com/
O lado B do single, "Tedesco and Pitman", foi o resultado de uma jam session (sem qualquer envolvimento das Ronettes) que Spector nomearia em homenagem a seus dois guitarristas favoritos: Tommy Tedesco e Bill Pitman. Francamente, é bem melhor que a faixa principal do disco.
Be My Baby é um clássico que cimentou o nome de Veronica "Ronnie Spector" Bennett no imaginário popular estadunidense e garantiu às Ronettes um lugar na história da música. Eu acho que poderia ser uma música melhorzinha, mas logo me lembro que para cada Be My Baby há uma "Macarena" ou uma "Bomba", e me convenço de que há coisas piores na vida para se estar associado para sempre.

VEJAM TAMBÉM!
Biblioteca

"Unidades de Conservação de Alagoas"
(técnico)
Alex Nazário Silva Oliveira, Clarice Maia F. de Amorim e Rosângela P. de Lyra Lemos
Filmoteca

"Dias Melhores Virão"
(longa-metragem)
Cacá Diegues

Um comentário:

  1. Péssimo texto. Fala com desprezo de um grupo que entrou para história da música mundial (pop, rock, soul...)esse texto é de puro despeito e mal gosto. Beira a inveja.

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