sábado, 29 de agosto de 2015

009 - Qual a Sensação de Estar por Conta Própria e Sem Direção?

Olá, pessoas! Como estamos tod@s? Espero que bem!
Enquanto escrevo esta introdução, percebo que uma sensação estranha que me acompanhava nos últimos dias sumiu - obrigado, Senhor, por essa graça! Refletindo, percebi que era ansiedade, que se arrefeceu quando percebi que certas coisas que eu havia preparado entraram na marcha planejada - o segundo post da Biblioteca entrou no ar. Significa que um mês já se passou, e seguiu sem grandes sobressaltos. Algumas coisas não saíram conforme o planejado, mas só adicionaram um sabor e adrenalina extras a uma atividade já prazerosa.
Falar do que falarei agora me animou muito, e veio em boníssima hora! Numa época em que estou muito pra baixo, uma boa música me eleva o espírito e me faz pensar - refletindo, consigo enxergar outras coisas e ver novas soluções. Numa época em que estou muito pra baixo, uma boa música me leva de volta a um momento muito feliz e a pessoas especiais que me lembraram que a vida é, sim, muito boa. Nunca, nunca, NUNCA questionem os poderes de uma boa música em nossas vidas!

Fonte da imagem: http://www.maritlarsen.de/

Single: Traveling Alone
Artista: Marit Larsen
Gravadora: Warner Music
Data de lançamento: 31/07/2015
Marit Larsen furou a fila de postagens do blog (embora até a sua furada tenha sido furada pelo Gabe) entrou pela porta da frente da Discoteca no instante em que eu soube do lançamento de uma das minhas canções favoritas de último álbum, "When the Morning Comes", como single! "Mas quem é essa fulaninha, Tom?", me pergunta você, leitor@ curios@! Apresento-lhes agora!
Fonte da imagem: https://www.youtube.com/

Dirigir a cantar é ótimo! Foi assim que eu passei a desgostar menos do volante!
Marit Elisabeth Larsen é uma cantora norueguesa talvez mais lembrada pelos adolescentes do final dos anos 1990 como "a loura do M2M", a que tocava violão e foi perdendo solos para Marion Ravn com o passar do tempo. Com o fim do M2M, Marit fez a Ginger Spice ficou ruiva e partiu pra uma carreira-solo mostrando bem mais que o violão - ela também toca banjo, acordeão, piano, bandolim, gaita e uma pancada de outros instrumentos. Logo depois, ficou morena (e se mantém assim) e explodiu pela Europa. M2M, quem, mesmo?
Escrita por Larsen e Seth Jones - "Traveling Alone", sobre a superfície, detalha as agruras de viajar só quando se é uma pessoa muito ansiosa - acreditem, eu sei! Desde repassar cada coisa que pode dar errado, procurar cabelo de sapo em ovo e se esforçar ao máximo para não surtar até o momento em que a aventura finalmente inicie e não lhe reste outra opção a não ser CURTIR.
Fonte da imagem: https://www.youtube.com/

Pode tocar à vontade, mas COLOQUE O CINTO, MULHER!
Neste exato momento, me lembro duma viagem que fiz em março deste ano para Curitiba e Foz do Iguaçu - que, na falta de melhor adjetivo, foi MARAVILHOSA. Fui sozinho, sem ter idéia do que me esperava e lá conheci culturas diferentes da em que fui criado e convivo, natureza em seu estado semi-bruto, um punhado de pessoas maravilhosas dos mais variados lugares com quem ainda mantenho contato constante e novos planos de viagem - só me falta o dinheiro, pra eu não ter que me ater a empréstimos!
Olhando mais profundamente, "Traveling Alone" é uma das grandes metáforas recorrentes nas letras de Marit - aqui, ela fala da VIDA. Tudo de bom e de ruim pode-deve-vai nos acontecer ("Você vai ficar famint@, você vai ficar cansad@"... ), e provavelmente não estaremos preparados para as eventualidades do caminho - mas é aí que temos que levantar ("Você vai continuar aprendendo, você vai seguir em frente"...), sacudir a poeira ("Você tem que ser paciente, admitir quando erra"...) e dar a volta por cima - conseguir força de qualquer lugar que possa existir e seguir ("Você vai continuar tentando, você vai se manter forte"...). A jornada é dura e imprevisível, mas se você souber olhar direitinho, também é linda e tem seus prazeres para que aproveitemos ("Você tem que continuar cantando as suas canções"... "Você vai sobreviver com uma ajudinha dos seus amigos"...). O importante é que lembremos sempre que a vida, por mais sociais que sejamos, é uma estrada que devemos seguir sós (Você está viajando sozinh@...).
Fonte da imagem: https://www.youtube.com/

Qual o problema desse povo que fica no banco de trás, que não põe o cinto, hein?
Acreditem, tomar consciência disso é a coisa mais libertadora - não se trata de uma ode ao individualismo (embora eu não veja nada de errado nisso) ou ao total "umbiguismo" (aí, sim, o negócio aperta). A questão é que saber que você chega e vai deste plano só lhe traz a consciência de sua INDEPENDÊNCIA. Você precisa das pessoas como ser social, mas não precisa dos outros para VIVER. Só você pode viver sua vida - eu conheço um Tom uma ou outra pessoa que precisa aprender isso.
Sim, mas voltemos ao objeto da resenha: o clipe de "Traveling Alone" brinca com o conteúdo da letra. Esse tema não é estranho a Marit, pois ela já o tamborilou nos dois clipes para "Don't Save Me", cada um com um enfoque e realizações diferentes - mas neste "Traveling Alone", ela radicalizou e bebeu numa fonte conhecidíssima: é um clone de uma homenagem a "Ironic", da joiada Alanis Morissette. O resultado é fofo, como quase tudo o que Marit faz, mas quando se vai referenciar um ícone, as chances de você ouvir Randy Jackson dizer para NÃO CANTAR MARIAH OU WHITNEY cair por terra na comparação são enormes... e foi o que aconteceu. Não num nível "Psicose" ou "A Hora do Pesadelo"... digamos que ficou mais como um novo "Carrie" (o de 2013, pessoal!) - bom, mas anos-luz do original (oremos para que um clipe com uma garotinha não apareça).
Fonte da imagem: https://www.youtube.com/

"Me deixa dormir em paz, c*****o! Mulher pentelha, vey..."
Como eu imaginei, "Traveling Alone" funciona maravilhosamente bem como música de trabalho. É uma canção curtinha, feita pra bombar em rádios country (e, com sorte, em algumas rádios pop, também), com refrão assobiável e melodia pra galera acompanhar batendo palmas. Receita tradicionalmente infalível.
O cd traz, além da canção supracitada, mais três canções de "When the Morning Comes" em versões gravadas ao vivo na rádio SR1: "Consider This" e os singles anteriores "Please Don't Fall for Me" e "I Don't Want to Talk About It". A escolha é bem acertada, pois as melhores perfomances vocais de Marit ao vivo são justamente em programas de rádio, onde ela está aparentemente mais relaxada e parada num banquinho com o instrumento que ela decidir tocar no dia - alie-se ao fato de duas das canções já terem sido trabalhadas, o que reforça a familiaridade do público e as chances deste cd ser comprado e ir relativamente bem nas paradas.
Com licença, vou viajar com Marit Larsen!
Fonte da imagem: http://atrl.net/

Linda e divando só para fechar o post!

terça-feira, 25 de agosto de 2015

008 - Garota, Eu Vou pra Califórnia...

Olá, pessoas! Como estamos tod@s? Espero que bem!
Esta manhã, acordei com uma novidade superlegal, e pensei no quanto é bom termos amigos de verdade, né? Daqueles que a gente gosta de graça, e com quem sabe que pode contar, mesmo que estejam bem distantes. Nem é preciso se falar todo santo dia, nem é preciso dizer o supervalorizado "eu te amo" ou mesmo "gosto muito de você"... nada disso! Apenas o bom e velho "chegar junto" basta, e sabemos que é real.
Enfim, hoje, esta novidade meio que me reafirmou tudo o que eu disse no parágrafo anterior, e me ALERTOU para o fato de que também eu preciso prestar mais atenção aos meus amigos e ser um amigo melhor para eles - por piores que sejam os tempos e a minhas dúvidas e crises internas, amigos de verdade não merecem menos que o melhor de nós!
"E por que este blablablá whiskas sachet, menino?", me pergunta você, leitor@ impaciente. Respondo de boa - porque acordei esta manhã com meu celular apitando, e era uma simples mensagem de um amigo me agradecendo por ser... um amigo! E me enviando um PRESENTE! Olha só que maravilha! Ganhar um presente por não fazer mais que a minha obrigação SER UM BOM AMIGO! É BÃO DIMAIS, SÔ!

Fonte da imagem: https://www.facebook.com/gabelopezmusic

Single: California Blues
Artista: Gabe Lopez (featuring Belinda Carlisle)
Gravadora: Red Queen Music - Sound Axis/Universal
Data de lançamento: 24/08/2015
Gabe Lopez, meu querido amigo, me enviou de presente uma cópia de seu novo single - lançado ONTEM - e furou a fila de postagens do blog TOTAL e me fez pensar "por que não falar dele na Discoteca?" OK, antes que vocês me perguntem "quem é este fulano", eu já falei dele várias vezes - até o entrevistei para os Culture Rangers - podem checar AS.TRÊS.PARTES da entrevista!
Fonte da imagem: https://www.facebook.com/gabelopezsongs

Rock on, rock out! Mas o que é todo este pano, homem de Deus?
De 2005 para 2015, muita coisa aconteceu para o jovem Gabriel Steve Lopez. De um garoto tentando acontecer em Hollywood, ele cavou um nicho para si, como cantor, compositor e produtor - com três álbuns em seu nome e uma lista de clientes que gira o mundo, como Jim Verraros, Ms. Triniti, New Kids on the Block, James Brown (sim, o Pai do Funk), Joss Stone e a joiadíssima Belinda Carlisle - aliás, dela também falo agora!
Quem não cresceu nos anos 1980 ou não prestava atenção às rádios mais alternativas nos anos 1990 deve ter muito pouca idéia do impacto que Belinda Carlisle causou - primeiro como vocalista da The Go-Go's - uma das raras (e bem-sucedidas) bandas punk formada apenas por garotas; depois, em carreira solo, cravou definitivamente seu nome na história da música pop mundial - se você, trintão, nem você, quarentona, consegue se lembrar, clique AQUI e quero ver dizer que não lembra! Eu espero você voltar.
Fonte da imagem: http://www.kolafm.com/

Poderosa sem precisar de pirotecnia!
O relacionamento de ambos se iniciou através de um amigo em comum dos dois: o filho de Belinda. Através dele, Gabe enviou uma faixa chamada "Sun", que a moça adorou e trabalhou nela junto com outra das Go-Go's, Jane Wiedlin - e nasceu o single que coroou sua coletânea de sucessos mais recente. Daí para uma turnê conjunta (duas, agora), foi um pulo!
A maioria dos fã de Gabe foi pêga de surpresa com este single, quando se estava esperando por mais um do seu último álbum, "It's Obvious It's Obvious!" (que já tinha post preparado para estes dias, e acabou adiado). Não poderia ter sido uma surpresa melhor! "California Blues" é uma música solar, feita para ouvir cantando junto a plenos pulmões enquanto dirige. A letra é muito fofa e cheia de referências à área costeira da Califórnia e a Hollywood, enquanto Gabe fala do quão bem se sente com o recipiente de seu afeto. A melodia evoca algo entre os Beach Boys e os Carpenters, com as harmonias precisas feito uma parede de som (aliás, o que são estes falsettos nos pré-refrões? Me corrôo de inveja!) com uma boa dose de energia e suingue - mas no momento em que Belinda toma a frente para alguns vocais no final, a música ganha novo espírito, mais confiante até finalizar com a mesma parede de som que abre a canção.
Fonte da imagem: https://www.facebook.com/gabelopezsongs

Dueto escrito nas estrelas!
Novo objetivo: descobrir pra quem ele compôs esta música, porque sou curioso e enxerido, sim e quem diz que não é, está mentindo!

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

007 - Sendo sempre o mesmo - mas nunca sendo o mesmo!

Olá, pessoal! Que bom lhes ver de novo! Tudo bom com vocês? Quais as novidades?
Eu não sei se invejo MiniTom, neste momento. Embora eu não saiba tocar instrumentos de corda, eu nunca quis REALMENTE aprender. Mas deve ser uma sensação massa tocar e cantar!
A postagem sobre o Gustavo Guri rendeu frutos massas pra mim! Vários amigos que conhecem o Guri curtiram, vários amigos que não o conheciam procuraram conhecer a sua proposta (dele, gente!!!), até o próprio Guri viu, gente! Aliás, obrigado pela visita, Guri! Volte sempre e espero que a postagem também tenha lhe rendido bons frutos!
Houve quem ousasse exclamar a heresia declarasse que achava que Alagoas se resumia a Djavan. Diante dos meus protestos, recebi como tréplica "e o que mais Alagoas tem a oferecer?" - então, acho que desprezarei eternamente tal ousadia só por ignorar Hermeto Pascoal nunca é cedo demais para Alagoas retornar à Discoteca para fazer barulho.
Para não assustar muito, decidi começar com o lançamento recente de alguém que já tem um nome fora do Estado. Quem vem comigo?

Fonte da imagem: http://wado.com.br/

Álbum: 1977
Artista: Wado
Gravadora: Deckdisc
Data de lançamento: 13/03/2015
Agora é a vez de falar de Oswaldo Schlikmann Filho, conhecido popularmente pela alcunha Wado! O moçoilo nasceu em Florianópolis-SC, e se perdeu radicou em Maceió bem pixotinho, mesmo! E adquiriu um amor pela terra que muito alagoano de nascença não tem, e deveria ter, que fique a dica!
Em quase quinze anos de estrada - alguns deles com o joiadíssimo Fino Coletivo, Wado lançou dez álbuns (sete deles solo e um com o Realismo Fantástico), todos elogiados pela crítica especializada, e vem cultivando uma fanbase antenada e fiel - o último deles, a obra de que viemos tratar agora: "1977", mais um da escola Taylor Swift de nomear álbum com o ano de nascimento.
Confesso que levei MESES para ouvir "1977". O trabalho anterior de Wado, "Vazio Tropical", assombrou os prospectos deste álbum num nível tal que parecia ter eclipsado todos os trabalhos bons que vieram antes dele (não me interessa a quantidade de listas de "melhores álbuns do ano" em que ele figurou, eu continuo achando este álbum uma... coisa menor). Mas estou feliz por ter seguido em frente e escutado. Este é o melhor álbum que o moçoilo já lançou, desde "Atlântico Negro"!
Fonte da imagem: http://wado.com.br/

Sorrisããããão...
Wado não é, exatamente, um artista de descansar em louros. Cada obra sua traz algo de novo em relação ao anterior. Embora nenhuma guinada tenha sido tão radical quanto seu último álbum - completamente intimista e "nada Wado". Após esta experiência, ele decidiu dar mais um giro na roleta e dar uma chance às guitarras distorcidas, que são artigo raro em sua extensa discografia. "1977" é um álbum e pegada bem mais roqueira que seus álbuns iniciais, que brincavam com o funk e o samba e passaram a flertar com arranjos eletrônicos e ritmos africanos mais para a frente, para terminar no beco sem saída que foi imitar o pior de Los Hermanos.
"1977" começa com uma pegada suja, nova para o artista, mais agressivo e assertivo. O primeiro single, "Lar", abre o disco mostrando um novo Wado ao mundo - e a pegada persiste com a faixa seguinte, "Cadafalso". O "lado B" do álbum se anuncia em "Galo", mas se revela na segunda metade. A pegada roqueira está lá, mas bem mais diluída numa série de canções mais suaves e melancólicas, como as lindas "Menino Velho" e "Mundo Hostil" (como um aceno ao álbum passado). A primeira metade é superior à segunda, talvez por seu caráter mais urgente aliado aos arranjos intricados e às boas novidades auditivas que Wado proporciona, mas a melhor canção do álbum é justamente a última, "Um Dia Lindo de Sol" - o que não deixa de ser curioso por, além de ter um quê de música infantil, ser a única que não tem dedo algum do artista em sua composição (é obra de João Paulo Guimarães, vocalista da Mopho).
As participações especiais do álbum, embora não sejam a coisa mais necessária em alguns casos, também são uma melhoria - vão embora tarde Marcelo Camelo e Mallu Magalhães (Cícero também se foi, mas até que deixou saudades; já MOMO permancece, aqui, no time de parceiros em composições), chegam Lucas Silveira (vocalista da banda Fresno, totalmente desnecessário na segunda faixa, "Cadafalso"), o já citado João Paulo Guimarães, e novidades internacionais: os portugueses Samuel Úria e O Martim, a mexicana Graciela Maria (que ficou perfeita na singela "Galo"), a argentina Belén Natalí e o uruguaio Franny Glass.
Fonte da imagem: http://wado.com.br/

Melhor eu não comentar esta...
A única coisa que eu sinto falta em "1977" é uma certa "alagoanidade" que está ausente, ou de algum elemento de familiaridade que o som da "renascença alagoana" (o próprio Wado, o Junior Almeida, a Fino Coletivo etc.) trazia que remetia à terrinha - algo que sinto que se iniciou justamente no álbum anterior. Faltou realmente um "Alagou" e/ou um "Pavão Macaco", para mim. Talvez seja intencional, visto que seu som está bem mais "international airplay ready" que antes, e com vozes de várias partes da Europa e América Latina fazendo participação especial por aqui. Ainda assim, só o fato de haver algo "de Wado" (digo, de familiar, que se reconheça a sonoridade como um "álbum do Wado") - e, óbvio, suas letras, que continuam primorosas - faz de "1977" algo superior ao que veio anteriormente.
AH! Não posso esquecer de mencionar que as fotos de Pedro Ivo Euzébio são massa! Fizeram um ótimo release para o álbum!
Bem-vindo de volta, Wado!

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

006 - Livres pra Voar

Olá, pessoas!!!
Eu posso parecer meio bobo por ter quase trezentas visualizações na Discoteca? Podem dizer, eu já estou parecendo um bestão, eu sei!
Mas é algo um tanto mágico entrar no Blogspot, fazer o login e ver o número de visitas registrado em cada blog que opero. Me referindo à Discoteca, especificamente, entrar na sexta postagem com quase trezentas visualizações significa cerca de sessenta visualizações das outras cinco - ou, contando em espaço relativo, quinze visualizações por dia. Me sinto quase como um gestor de uma pequena empresa!
E, como tal, eu quero expandir! Para isso, eu conto com VOCÊS! Compartilhem as postagens! Recomendem a@s amig@s, se curtirem! Recomendem a@s inimig@s, se não - mas sempre desejando-lhes vida longa!
Pois bem, pois bem, pois bem! De que obra trataremos, hoje? Vamos aproveitar o título do post e MiniTom voando feito besta, aí, e juntar com o figurino e o cenário? Busquemos alguém com espírito mais rupestre, com a liberdade de não ter medo de ser feliz, gente!

Fonte da imagem: http://www.jesusfreakhideout.com/

EP: Chasing Down the Wind
Artista: Green River Ordinance
Gravadora: Independente
Data de lançamento: 18/06/2013
Green River Ordinance são cinco rapazes roqueiros da cidade de Fort Worth, no estadunidense Texas. A banda seguiu sempre a tônica dos grandes nomes do rock das décadas de 1950 a 1970: naquele tempo, era costumeiro que uma banda ou artista (The Beatles, Bob Dylan, Rolling Stones, Elvis... tod@s passaram por isso) lançasse vários álbuns por ano ou biênio, e ainda aparecesse na televisão e no cinema ao mesmo tempo (é mais material lançado em um ou dois anos que o que as bandas de hoje lançam em uma década!). Embora fosse um ritmo puxadíssimo, era uma maneira de capitalizar sem piedade num ato que esteja vendendo evitar que um álbum que levou muito tempo para ser escrito e gravado termine por soar algo pensado demais e sem espontaneidade. Green River Ordinance lançou NOVE coleções musicais (dois álbuns e sete EP's - um deles, uma coletânea) no curioso espaço de QUATRO ANOS - fora os singles. Por alguma razão, após este "Chasing Down the Wind", eles "pararam" - e já vão dois anos preparando seu próximo passo. Talvez seja esta curiosa quebra no ritmo que despertou minha vontade de relatar sobre esta obra mais recente.
Fonte da imagem: http://www.dallasobserver.com/

Pois é, eles pararam. Será que estão esperando sentados?
A bela "Cannery River" é uma surpresa àqueles acostumados aos grandes números roqueiros que abrem os álbuns da GRO. Desta vez, somos recebidos por um convite a um passeio romântico na margem do rio Cannery, numa pegada country bem gostosa, que inicia leve e vai ganhando força até passar a tocha para "It Ain't Love" ("Qualquer tolo pode fingir, mas não é amor se não pode partir seu coração."). Aliás, todo o EP tem um clima country - quase como uma volta à casa.
Fonte da imagem: https://fanart.tv/

Moçoilos simpáticos...
Como obra, "Chasing Down the Wind" tem um tema central de liberdade forte. A primeira metade fala de uma vida sem amarras - não necessariamente longe, mas sem depender do amor, da alma, da necessidade de "fazer a vida" (o single "Flying" traduz tudo). Mas isso não quer dizer que eles rejeitem totalmente as "amarras". "She Is in the Air" inicia um contraponto no tema: prova que alguém os pegou de jeito. "Better Love" vai gospel até o fim e fala de Deus - de quem não dá pra escapar, de jeito algum (e tudo bem, meu bem). Em "Chasing Down the Wind", a sensação geral é de que os rapazes realmente querem dar um recado, aqui. O ponto entendido é que pode-se, sim, ser feliz com o tipo de vida que se deseja viver. Tudo o que se é preciso é força pra seguir suas escolhas (e mais forças pra voltar atrás, caso assim queira). E quem está de fora, uma dose extra de respeito já está bom.
Fonte da imagem: www.centerstage-atlanta.com

Mandando ver ao vivo!
Musicalmente, as guitarras elétricas e o estilo "mamãe-sou-roqueiro" puderam descansar um pouquinho em "Chasing Down the Wind". Por algumas canções neste EP, Green River Ordinance fez um apanhado de canções simples e mais lentas, mas cheias de alma. Aqui, a arena deu lugar a um clima mais íntimo, de palco de bar (ou melhor, de salloon), de passeios de mãos dadas na rua, de assovios solitários numa caminhada. Se este EP for algum indicativo do que virá no próximo álbum deles (já intitulado "Fifteen"), mal posso esperar! Mais do mesmo já estava bom pra mim - e espero que eles não tenham largado as guitarras, ainda -, mas esta pegada mais melódica e com cheirinho de "casa com papai, mamãe, cachorro e amigos" me pegou de jeito.
Fonte da imagem: www.kickstarter.com

VAI!

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

005 - O Tempo Não Pára...

Oi, galera!
Já lhes agradeci o suficiente pelo apoio aos meus trigêmeos? Com certeza, nunca agradeci o bastante, portanto, muito obrigado a TOD@S que continuam visitando esta Discoteca, a Filmoteca e a Biblioteca! Vocês são demais!!!
Bem, primeiro, devo dizer, embora eu creia que vocês já tenham idéia de que isto esteja acontecendo: os posts desta Discoteca são todos escritos com alguma previedade. Embora, alguns casos exigissem uma urgência maior para evitar perder o timing, e foram escritos na bucha furaram fila, colocando os outros já escritos para serem reordenados.
Então, seguindo o post em que falei da Joni (que, francamente, esperei mais retorno dele do que o que realmente veio), me perguntei "pra onde irei, agora?". E me toquei que sou um alagoano que ainda não falou de alagoanos. Sendo de um estado tão rico culturalmente mas tão pobre em autopromoção, não poderia ser contaminado pelo meu ambiente e cometer este tipo de mancada. Achei que, agora, era hora de buscar fontes da minha própria terra falar a vocês. Mas nada muito conhecido, por ora, então, não será Djavan, Junior Almeida, Hermeto Pascoal ou Wado - de novo: POR ORA!

Fonte da imagem: http://www.gustavoguri.com.br/

Single: O Tempo
Artista: Gustavo Guri
Gravadora: Independente
Data de lançamento: 21/06/2015
Gustavo Chaves de M. Costa, conhecido como Guri, é um maceioense que foi ainda guri (trocadilho intencional) para Cuiabá. Em 1996, após o trágico acidente dos Mamonas Assassinas, nasceu em Guri o desejo de aprender a tocar violão e formar uma banda. Então, seu pai lhe deu de presente de 15 anos o seu primeiro violão e as aulas com um professor paraguaio, que devem ter saído um conjunto muito mais barato que um baile ou uma viagem à Disney.
Fonte da imagem: https://www.facebook.com/gustavoguri

Bota luz no palco pro Guri, minim!!!
Em 1997, o Guri voltou pra terrinha natal para finalizar o segundo grau e iniciar a faculdade de Ciência da Computação. A saudade de Cuiabá foi tanta que lhe despertou a necessidade de criação, de uma válvula de escape. E assim, ele continuou os estudos de violão como autodidata e começava a tomar gosto por expressar seus sentimentos através daquele instrumento - nascia, ali, um monstro compositor.
Fonte da imagem: https://www.facebook.com/gustavoguri

O trovador Solitário - não, péra, esse era outro...
Fonte da imagem: http://estranhomundodemary.blogspot.com.br/
Em 2000, o Guri - ainda assinando Gustavo Chaves - fundou junto com Marcinkus Bandeira, Nelson Dias e Ricardo Aquino, a banda Dharma, que tinha um som grunge cantado em português (raridade no Brasil, à época, frise-se). inclusive lançaram o seu primeiro álbum, "Dharma", em 2004. Infelizmente, o Guri largou a banda após se formar na faculdade, afinal, tod@s temos que comprá os leite das quianssa.
Fonte da imagem: http://bandajetlag.com.br/
Mas é óbvio que o monstrinho do palco bichinho da composição não iria ficar satisfeito e urgiria, de novo. Em 2009, Gustavo - agora, Guri -, junto a Joca Braga, Lucas Novaes e Rodrigo Tubarão, formou a banda Jetlag, que lançou, em 2011, o álbum “Felicidade Intermitente” - de cujas 12 faixas, 11 foram compostas por Guri! A banda entrou em hiato em 2012, após a mudança de Lucas para o Rio de Janeiro.
E o que fez o Guri? Não ficou quieto, óbvio! Partiu pra experimentação de uma idéia-solo, no melhor estilo "bora ver no que dá".
E algo deve ter dado certo, afinal, ele já está em seu sexto single, o que é um número expressivo!
Fonte da imagem: http://www.gustavoguri.com.br/
"O Tempo" é o primeiro single do novo trabalho (cujos título e data de lançamento ainda não foram divulgados por Guri), que vem dando sequência ao álbum-solo de estréia, lançado em 25 de março do ano passado, "O Fantástico Mundo de Guri" (que você pode baixar de graça no site oficial), que é muito bom e ganhou resenhas em várias mídias musicais por ter sido feito de modo inteiramente semi-artesanal: utilizando-se de aplicativos de smartphone e tablet para gravar, mixar e masterizar - inclusive os vídeos para divulgação - "Tantos Porquês", "Olívia", "Céu de Monet", "Entre a Fé e o Céu" e "Heróis" - seguiram o mesmo esquema, e são todos muito bem bolados.

Fonte da imagem: https://www.facebook.com/gustavoguri

Sensualizando nas dunas com a camisa molhada...
A faixa de que tratamos, hoje, não se afasta muito do som d'"O Fantástico Mundo...", embora a guitarra de pegada mais roqueira e as pitadas de country e blues trazidas pela gaita triste sugiram que o próximo álbum venha a ser algo mais sombrio - lembrou-me muito a sonoridade de "White Lilies island", de Natalie Imbruglia - o que é sempre um bom sinal!
Fonte da imagem: https://www.facebook.com/gustavoguri

Olhando a câmera do alto das dunas... cuidado pra não cair!
A letra é um belo exercício sobre o passar do tempo. Mais especificamente, sobre os poderes curativos que se atribuem a ele ("O tempo não subtraiu, a fúria não intimidou e o vento leva tudo que restou."). Não sei se foi a intenção exata dele, mas não deixa de ser um ensaio sobre esquecer as coisas negativas e simplesmente crescer. Às vezes, nos prendemos àquilo que @s outr@s (ou nós mesm@s) nos fazem de mal que ficamos presos, nossas vidas param no tempo. Dizem que o perdão é a mais nobre das ações humanas. Não sei, mas que deve ser das mais libertadoras, com certeza deve ser. Torna uma experiência ruim em algo que ela simplesmente foi: uma experiência ruim, que podemos olhar de novo mais para a frente e entender as lições que nos são passadas através delas, mas que demoramos a aprender - como ele mesmo diz: "ao olhar pra trás, apague as luzes".
Fonte da imagem: https://www.facebook.com/gustavoguri

Linda foto!
O vídeo ainda está por ser lançado - mas ele lançou estas fotos do making of, que podemos ver espaçando este parágrafo e o anterior - pessoalmente, fico muito curioso para saber como ficará o resultado final, e qual a idéia que as areias d'"O Tempo" conferiram ao Guri.
Fonte da imagem: https://www.facebook.com/gustavoguri

Agora, mandando uma canja pra se despedir!
Afinal, o Guri tem talento, gente! Confiram!

domingo, 9 de agosto de 2015

004 - Vendo as Nuvens por Vários Ângulos


Olá, pessoal!
Como estão tod@s? Espero que indo bem e dispost@s, com muita energia!
Por aqui, tenho me divertido muito escrevendo estes devaneios pra vocês. Pouca coisa nesta vida é melhor que me deitar, fechar os olhos e apenas deixar que o som toque e me entregar às sensações que a mídia - seja o bom e velho vinil, uma fita cassete, um cd, álbum em mp3 ou mesmo ferramentas de streaming - trouxer.
Após dois posts ligados ao universo infantojuvenil e um terceiro... bem... enfim... Resolvi dar mais uma guinada e buscar algo mais afastado do pop que eu pudesse falar e dar um toque mais de classe à minha Discoteca.

Fonte da imagem: http://www.amazon.com/

Álbum: Hits
Artista: Joni Mitchell
Gravadora: Reprise Records/Warner Bros.
Data de lançamento: 29/10/1996
Neste exato momento, sou obrigado a fazer um mea culpa. Até bem pouco tempo atrás, eu conhecia quase zero de Joni Mitchell. Para mim, ela era apenas a moça que canta "Both Sides, Now", além de uma das pessoas que ajudaram a fundar o Greenpeace. Mesmo com tantos artistas de que gosto a citando como influência e uma ideologia política afim, nunca tive real curiosidade de ir pesquisar.
Fonte da imagem: http://jonimitchell.com/

Isle of Wight Pop Festival, Inglaterra, 1970. © Brian Moody/Rex - ela tem um quê de Marit Larsen, não?
E então, meu irmão Vitor (que tem um blog muito legal) me indicou este álbum agora. E me descobri no mesmo loop que me acometeu quando comprei um cd dos Carpenters: eu conhecia mais músicas dela que imaginava... mas, ao contrário de Karen e Richard, todas as músicas de Joni conheci nas vozes de outros intérpretes! De qualquer modo, sempre amei todas elas!
Fonte da imagem: http://jonimitchell.com/

Roger McGuinn, Joni Mitchell, Richie Havens, Joan Baez, Bob Dylan, em show da Rolling Thunder Tour. © AP 1975
Ouvir "Hits" me dá a sensação de estar escutando um álbum de Marit Larsen, mas sem qualquer inflecção pop ou a qualidade de "menina-mulher fofinha" na voz. O álbum inicia com o ode outonal "Urge for Going" (cuja letra em Português provavelmente jamais seria aprovada na época de seu lançamento) e fecha com seu maior sucesso: "Both Sides Now" (que foi regravada por nomes como Frank Sinatra, Bing Crosby, Peter Seeger, Nana Moskouri, Neil Diamond,Andy Williams, Villa Black, Willie Nelson, Cassandra Wilson, Dolly Parton, Tori Anos, Herbie Hancock, Rachel Yamagata, Alisson Moorer, Idina Menzel, Melanie C e até Carly Rae Jepsen, Leonard Nimoy (!!!) e Hole (eca!...)). No meio do caminho, há minhas duas favoritas: "Chelsea Morning" ("O sol entrou como caramelo e se prendeu a todos os meus sentidos"), "Califórnia" e a ambientalista "Big Yellow Taxi" ("vocês pavimentam o paraíso para fazer dele um estacionamento"). Tem como negar que essa mulher é um gênio?
Fonte da imagem: http://jonimitchell.com/

Sissy Spacek? Não... Joni Mitchell!
Lá pela metade do álbum, percebi que Joni Mitchell é tão regravada porque ela tem a base perfeita pra permitir que outras pessoas se permitam reinterpretar suas obras. Suas letras são densas e incrivelmente pessoais, e ela não é dada a grandes truques em suas composições. Mesmo com muitas experimentações e camadas de arranjos e harmonias, seu som é puro, cru e direto, nenhuma nota a mais, nenhuma nota a menos, seja vocal, seja da instrumentação. Quase como uma demo, mas não há como explicar exatamente o que acontece - você simplesmente SABE que não está ouvindo um "rascunho" ou um "estudo", mas sim uma obra fechada e coesa - me arriscaria a dizer DEFINITIVA, até.
Fonte da imagem: http://jonimitchell.com/

Toda modelete em ensaio pra New York Magazine de fevereiro de 2015.
Tal consideração me traz uma pergunta: como pode uma jóia destas simplesmente não estar nas mentes do grande público (nascido após a segunda metade da década de 1980, sendo mais específico), mesmo com tant@s a falar dela? Algumas de suas músicas são muito conhecidas e, se não nas rádios de paradas, poderiam se encaixar muito bem em uma Rádio Educativa ou em uma Antena 1 da vida! Qual a razão, então, de Joni Mitchell ser um nome conhecido apenas de quem ouve folk a fundo? É por causa de seu jeito bicho-grilo sua aura "flower power"? É por seu ativismo ambiental? É por ela ser uma caipora fumante inveterada? Só Deus sabe como foi difícil achar alguma foto sem um cigarro, que nojo!... É por ela não rebolar até o chão ser feminista (por mais que negue e renegue)? É por ser uma mulher? Não consigo entender, nem encontro uma resposta.
Fonte da imagem: http://jonimitchell.com/

Mais do ensaio pra New York Magazine.
Pena que, por aqui, quem tem acesso a essas pérolas ou não entende inglês, ou não se interessa em nada pelas mensagens que Mitchell passa. Por mim, posso dizer que "Hits" já é um dos álbuns da minha vida! E estou a devorar a discografia de Mitchell como condenado que estou a compensar tantos anos de descaso! Obrigado, Vitor!
Fonte da imagem: https://en.wikipedia.org/
Em tempo: "Hits foi lançado juntamente com um outro álbum, intitulado "Misses", condição da própria Joni para que esta obra fosse lançada. Ao contrário desta obra em questão, "Misses" circula pelo trabalho menos conhecido dela, especialmente aqueles onde ela se afastou do folk e se aventurou por gêneros como o jazz, música clássica e até a música eletrônica oitentista.

Em tempo, parte 2: enquanto escrevo, acabei de saber que ela passou por uma cirurgia por conta de um aneurisma cerebral. Desejo-lhe uma recuperação plena e tudo de melhor - pois você ainda tem muito do seu melhor para oferecer ao mundo, tenho certeza!

Aproveito o ensejo para desejar a todos um feliz Dia dos Pais! Cada vez mais, tenho consciência da nossa finitude, e espero sinceramente que uma data como hoje seja momento para esquecermos desavenças e celebrarmos. A vida é curta demais pra guardar mágoas. Dêem um abraço, um beijo, aquele telefonema. Post no Facebook é legal, mas nada substitui a coisa real - menos ainda quando seu velho não tem Face!

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

003 - Rebola, Rebola, Rebola...

Oi, gente!
Chegamos a mais uma obra a ser discutida aqui na Discoteca!
Primeiramente, quero agradecer muito a tod@s que têm vindo, visto minhas doidices e comentado. mais de cem visualizações, pra quem começou sem muita expectativa, é um sucesso! Fiquei muito feliz com cada pessoa que chegou em mim pra comentar e dar uma força, seja pessoalmente, seja pelo chat do Facebook, seja por Whatsapp, ou mesmo (especialmente) àquel@s que se aventuraram e conseguiram comentar aqui neste espaço! Eu sei bem que o Blogspot se tornou uma bosta porqueira de provedor no tocante à comunicação por comentários, então, quem dedica parte do seu tempo pra tentar me deixa muito honrado. OBRIGADO, MESMO!
Partindo para os negócios: Após brincar com a "Casa de Brinquedos" e me aventurar pelo mundo Pokémon, creio ter chegado a hora de a Discoteca se aventurar por águas menos paedo - mas não menos pop, por ora!
Todo mundo dançando! Alegria! Alegria!!!

Fonte da imagem: http://www.youtube.com/

Single: Rainha do Bumbum
Artista: DJ Rody (featuring Gretchen)
Gravadora: Independente
Data de lançamento: 22/07/2015
Gretchen é provavelmente o que o Brasil tem de mais próximo de um elo perdido com a "Família Dinossauro" uma "rainha dos GIFs do pop". Ela praticamente fez tudo nesta vida de sub-celebridade musical-artístico-pop: foi crooner de uma orquestra importante, rebolou, fez parte de grupo pop infantojuvenil, rebolou, fez música disco, rebolou, mexeu com ritmos latinos, rebolou, fez forró, rebolou, tentou carreira política, rebolou, posou nua, rebolou, tentou pornô, rebolou, participou d'"A Fazenda"... já falei "rebolou"?


Fonte da imagem: http://www.garotasgeeks.com/

Apenas provando um ponto!
Após anunciar a aposentadoria, ela retorna das trevas (se a Cher pode...) reaparece com o parceiro que talvez seja a relação musical mais duradoura desde o Mister Sam: DJ Rody, ex-integrante da banda 1E99, numa faixa de título "divônico": "Bitch, I'm Madonna" "Rainha do Bumbum".
A parceria com o Rody parece estar rendendo, porque este é o segundo trabalho dela com ele a ser transformado em single - o primeiro foi ainda nos tempos da 1E99, a cacofônica singela "I'm Cool".
Na verdade, a faixa é mais DELE que dela - ele tem a lion's share dos vocais e, na verdade, a canção é o primeiro single do novo EP do rapaz, intitulado "Manda Nudes", que deve estar escandalizando o pobre Padre Fábio de Mello até hoje.
A música brinca com a dance music oitentista, com o funk carioca - com vários traços do "passinho", com trap e com samples de instrumentos de sopro que remetem ao momento em que Gretchen estourou no imaginário coletivo brazuca, lá no finzinho dos anos 1970. Tudo isso embolado com letras em português, inglês e em espanhol, que... que... que... cri... cri... cri... só escutando pra saber que eu não entendi quase nada até ouvir pela quarta vez o quanto o Rody glorifica a sua homenageada ("Rainha, HEY! Rainha, HEY! Rainha, HEY! Rainha, HEY!..." ad eternum...) - que ainda ordena: "follow me, bitch".
No clipe, enquanto Rody parece ter problemas com o figurino sem saber se tira ou se bota a tal da jaqueta que ele deixa no meio dos braços tentando parecer sexy, ela rebola, faz pose deitada (com direito a divar com champagne e tiara de plástico), geme, faz pole dance, rebola (muito) e mostra que está com o Calcitran em dia tudo em cima, como quem manda um recado pras pop princesses da atualidade - em parte, ela consegue, porque ela realmente é melhor no rebolado que a maioria delas.
Eu confesso: não lembro de ter gargalhado tanto ouvindo uma canção desde que ouvi Sheila Mello entoar "Água" na vitória de uma certa enquete no Facebook.
Fonte da imagem central: http://www.papelpop.com/

Ela até que tá podendo, né?
Não, Gretchen, não te seguirei (ao menos hoje). E não, Gretchen - eu não sou sua bitch.
Fonte da imagem: http://www.papelpop.com/

Ele, sim!


p.s.: todos os GIFs postados aqui foram retirados dos comentários das postagens do Papel Pop! Acho sempre importante citar nossas fontes!