sábado, 1 de agosto de 2015

002 - Eu Escolho Você!

Olá, pessoas queridas, amadinh@s de Tom!
Que bom que voltaram! Gostaram do primeiro post da Discoteca? E da Filmoteca, tudo direitinho, pra vocês? E da Biblioteca? Prometo que logo, logo, tem posts novos nas duas, também!
Esta minha ansiedade, aliada à necessidade de agradar, me fazem me sentir preso como em uma poké-bola...

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Álbum: Pokémon: The First Movie
Artista: Vários
Gravadora: Atlantic Records/Warner Bros.
Data de lançamento: 09/11/1999
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Antes de entrar no assunto de hoje diretamente, vamos nos ambientar: em 1999, Tom era um garoto entre 15 e 16 anos, vidrado em videogames e desenhos animados - animes especialmente. Estudava à tarde e fazia natação três vezes por semana de manhã - portanto, as manhãs livres eram para estudar e bancar a babá de dois dos meus piolhos: Nylana e Matheus. Acreditem, foram MUUUUIIITAAS manhãs passadas entre livros, cadernos, lápis-de-cor, brinquedos, chão com cobertor e... Teletubbies!
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Em meio a tudo isso, chegou a febre que assolou o Brasil do fim da década de 1990: um rato amarelo com bochechas vermelhas, rabo em forma de raio e a cara da Björk, que atende pelo nome PIKACHU (esse aí em cima)! Todo mundo assistia os desenhos dos Pokémon, todo mundo queria jogar no Game Boy, todo mundo queria colecionar cards, tazos... Eu mesmo tinha uma revista de jogo RPG 3D&D (bons tempos com Vinícius e Denisson). Logicamente, na ocasião do lançamento de um filme para os cinemas, TOD@S quereriam ver, também!
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Um dia, passando pela extinta Estação CD (uma loja caríssima de discos físicos - oh, Deus, como sou velho! - no então chamado Shopping Iguatemi), estava a olhar os cds que eu provavelmente jamais compraria, quando Matheus apareceu com um cd na mão, todo alegre, gritando "Tom! Cachúúúúú"... Na hora, eu olhei (o "Cachú" nem na capa do cd está) e, ao ver o nome Emma Bunton, quem levou o "Cachu" pra casa fui eu. Pronto, agora - após três longos parágrafos, estão tod@s devidamente aclimatados à coisa.
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Pokémon: The First Movie é um filminho até, digamos, "decente" (mentira, é uma bomba, mas é assistível). Pena que sua trilha não o seja. Na verdade, é uma tentativa quase desesperada da Atlantic Records de enfiar goela abaixo das criancinhas o seu elenco.
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Lá estão desde A-listers do mundo pop de 1999, como *NSYNC, Britney Spears, Christina Aguilera (com "We're a Miracle", uma bela balada, b-side de "Genie in a Bottle") e a já mencionada Baby Spice (com uma musiquinha esquecível em parceria com outra Spice Girl: a Sporty). Lá, também estão inúmeros aspirantes a A-listers. Observando diretamente de 2015, é interessante ver quem conseguiu (M2M - mas não como uma banda, nem a nível mundial, nem no bubblegum pop), quem QUASE chegou lá (98°, Billie Piper e B*Witched) e quem vai simplesmente MORRER tentando (Willa Ford, aqui listada como Mandah, literalmente morreu no reboot de "Sexta-Feira 13"; Aaron Carter irmão do cara dos Backstreet Boys aparece aqui com uma batida massa pra criançada de 1999 fingir que sabe o que é balada), enquanto o resto desapareceu na escuridão do pop (como estou bandido, hoje... eu não posso ser tão maldoso!). E há a aberração: o que raios uma banda como Blessid Union of Souls faz neste cd?
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O cruzamento filme/trilha sonora se dá num saldo quase negativo. É curioso ver uma penca de grandes nomes - alguns, inclusive, com Oscars e Grammys nas suas prateleiras - listados no backstage, escrevendo e produzindo canções pra algo que a maioria (até mesmo o público alvo) considerará sem valor em meses. Quase nada neste álbum foi feito pensando no filme ou em seu público, e apenas DUAS músicas têm a ver com o filme, de verdade - e ainda bem que são boas: a deliciosa "Vacation", da Vitamin C (que remete a um curta-metragem que antecede o filme) e os já citados BUoS, com a maravilhosa "Brother My Brother". Pena que esta faixa - a melhor do disco - seja adulta demais pro público-alvo desta obra.
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Claro, temos a fofamente descartável "Lullaby" da Willa Ford e mais outra da Anela Cortez (que à época atendia por Angela Vía), mas eu não as conto porque simplesmente jogar um "Pokémon" aqui e ali ou botar o Jigglypuff pra dividir o microfone é mera forma de forçar associação - uma covardia. AH! Tem a faixa que abre o disco, uma releitura da música de abertura do desenho televisivo (darei uma dica preciosa: comece o cd logo na faixa 2, o single "Don't Say You Love Me", que introduziu M2M ao mundo).
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Não quer dizer, ao fim de tudo, que a experiência de ouvir este cd seja completamente perdida ou uma tortura. Há desde músicas boas (duas delas ótimas) até o lixo declarado, passando pelo material apenas audível. Se você escutar sem julgar como "cd pra criancinha" ou "pop chiclete", pode enxergar aqui um guilty pleasure ou mesmo uma cápsula do tempo que nos mostra o quanto fomos bobos em 1999. Confesso que escutar este álbum me despertou certo saudosismo...

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Psy-ai-ai!...

E aí, o que você vai escolher?

2 comentários:

  1. Eu só vi uma, mesmo, e tá de bom tamanho! Mas confesso que, no fundo, no fundo, também curtia. Hoje, não mais. KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

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