quinta-feira, 13 de agosto de 2015

005 - O Tempo Não Pára...

Oi, galera!
Já lhes agradeci o suficiente pelo apoio aos meus trigêmeos? Com certeza, nunca agradeci o bastante, portanto, muito obrigado a TOD@S que continuam visitando esta Discoteca, a Filmoteca e a Biblioteca! Vocês são demais!!!
Bem, primeiro, devo dizer, embora eu creia que vocês já tenham idéia de que isto esteja acontecendo: os posts desta Discoteca são todos escritos com alguma previedade. Embora, alguns casos exigissem uma urgência maior para evitar perder o timing, e foram escritos na bucha furaram fila, colocando os outros já escritos para serem reordenados.
Então, seguindo o post em que falei da Joni (que, francamente, esperei mais retorno dele do que o que realmente veio), me perguntei "pra onde irei, agora?". E me toquei que sou um alagoano que ainda não falou de alagoanos. Sendo de um estado tão rico culturalmente mas tão pobre em autopromoção, não poderia ser contaminado pelo meu ambiente e cometer este tipo de mancada. Achei que, agora, era hora de buscar fontes da minha própria terra falar a vocês. Mas nada muito conhecido, por ora, então, não será Djavan, Junior Almeida, Hermeto Pascoal ou Wado - de novo: POR ORA!

Fonte da imagem: http://www.gustavoguri.com.br/

Single: O Tempo
Artista: Gustavo Guri
Gravadora: Independente
Data de lançamento: 21/06/2015
Gustavo Chaves de M. Costa, conhecido como Guri, é um maceioense que foi ainda guri (trocadilho intencional) para Cuiabá. Em 1996, após o trágico acidente dos Mamonas Assassinas, nasceu em Guri o desejo de aprender a tocar violão e formar uma banda. Então, seu pai lhe deu de presente de 15 anos o seu primeiro violão e as aulas com um professor paraguaio, que devem ter saído um conjunto muito mais barato que um baile ou uma viagem à Disney.
Fonte da imagem: https://www.facebook.com/gustavoguri

Bota luz no palco pro Guri, minim!!!
Em 1997, o Guri voltou pra terrinha natal para finalizar o segundo grau e iniciar a faculdade de Ciência da Computação. A saudade de Cuiabá foi tanta que lhe despertou a necessidade de criação, de uma válvula de escape. E assim, ele continuou os estudos de violão como autodidata e começava a tomar gosto por expressar seus sentimentos através daquele instrumento - nascia, ali, um monstro compositor.
Fonte da imagem: https://www.facebook.com/gustavoguri

O trovador Solitário - não, péra, esse era outro...
Fonte da imagem: http://estranhomundodemary.blogspot.com.br/
Em 2000, o Guri - ainda assinando Gustavo Chaves - fundou junto com Marcinkus Bandeira, Nelson Dias e Ricardo Aquino, a banda Dharma, que tinha um som grunge cantado em português (raridade no Brasil, à época, frise-se). inclusive lançaram o seu primeiro álbum, "Dharma", em 2004. Infelizmente, o Guri largou a banda após se formar na faculdade, afinal, tod@s temos que comprá os leite das quianssa.
Fonte da imagem: http://bandajetlag.com.br/
Mas é óbvio que o monstrinho do palco bichinho da composição não iria ficar satisfeito e urgiria, de novo. Em 2009, Gustavo - agora, Guri -, junto a Joca Braga, Lucas Novaes e Rodrigo Tubarão, formou a banda Jetlag, que lançou, em 2011, o álbum “Felicidade Intermitente” - de cujas 12 faixas, 11 foram compostas por Guri! A banda entrou em hiato em 2012, após a mudança de Lucas para o Rio de Janeiro.
E o que fez o Guri? Não ficou quieto, óbvio! Partiu pra experimentação de uma idéia-solo, no melhor estilo "bora ver no que dá".
E algo deve ter dado certo, afinal, ele já está em seu sexto single, o que é um número expressivo!
Fonte da imagem: http://www.gustavoguri.com.br/
"O Tempo" é o primeiro single do novo trabalho (cujos título e data de lançamento ainda não foram divulgados por Guri), que vem dando sequência ao álbum-solo de estréia, lançado em 25 de março do ano passado, "O Fantástico Mundo de Guri" (que você pode baixar de graça no site oficial), que é muito bom e ganhou resenhas em várias mídias musicais por ter sido feito de modo inteiramente semi-artesanal: utilizando-se de aplicativos de smartphone e tablet para gravar, mixar e masterizar - inclusive os vídeos para divulgação - "Tantos Porquês", "Olívia", "Céu de Monet", "Entre a Fé e o Céu" e "Heróis" - seguiram o mesmo esquema, e são todos muito bem bolados.

Fonte da imagem: https://www.facebook.com/gustavoguri

Sensualizando nas dunas com a camisa molhada...
A faixa de que tratamos, hoje, não se afasta muito do som d'"O Fantástico Mundo...", embora a guitarra de pegada mais roqueira e as pitadas de country e blues trazidas pela gaita triste sugiram que o próximo álbum venha a ser algo mais sombrio - lembrou-me muito a sonoridade de "White Lilies island", de Natalie Imbruglia - o que é sempre um bom sinal!
Fonte da imagem: https://www.facebook.com/gustavoguri

Olhando a câmera do alto das dunas... cuidado pra não cair!
A letra é um belo exercício sobre o passar do tempo. Mais especificamente, sobre os poderes curativos que se atribuem a ele ("O tempo não subtraiu, a fúria não intimidou e o vento leva tudo que restou."). Não sei se foi a intenção exata dele, mas não deixa de ser um ensaio sobre esquecer as coisas negativas e simplesmente crescer. Às vezes, nos prendemos àquilo que @s outr@s (ou nós mesm@s) nos fazem de mal que ficamos presos, nossas vidas param no tempo. Dizem que o perdão é a mais nobre das ações humanas. Não sei, mas que deve ser das mais libertadoras, com certeza deve ser. Torna uma experiência ruim em algo que ela simplesmente foi: uma experiência ruim, que podemos olhar de novo mais para a frente e entender as lições que nos são passadas através delas, mas que demoramos a aprender - como ele mesmo diz: "ao olhar pra trás, apague as luzes".
Fonte da imagem: https://www.facebook.com/gustavoguri

Linda foto!
O vídeo ainda está por ser lançado - mas ele lançou estas fotos do making of, que podemos ver espaçando este parágrafo e o anterior - pessoalmente, fico muito curioso para saber como ficará o resultado final, e qual a idéia que as areias d'"O Tempo" conferiram ao Guri.
Fonte da imagem: https://www.facebook.com/gustavoguri

Agora, mandando uma canja pra se despedir!
Afinal, o Guri tem talento, gente! Confiram!

6 comentários:

  1. De fato não o conhecia, nem tinha ouvido falar desse artista poético e sendo de casa, isso só reforça a grandiosidade da cultura alagoana. Parabéns Tom Ferreira pela divulgação da arte regional.

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    1. Grato pela força de sempre!
      Acho que a gente tem que ter orgulho de nossa cultura e de nossa produção! A chave pra quebrar a crueldade de Alagoas com seus próprios filhos está em nós mesmos, filhos da terra! Espero apenas estar fazendo minha parte!

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  2. Nunca ouvi falar, mas espero que esse conterrâneo não tenha enveredado para a linha do sertanejo mUdernU do BrasEO. Eu não curto esse gênero e só consigo aturar e, quando anômalamente, curtir músicas que minha filha começa a cantar nas apresentações de escola... que foi só uma até agora! :P risos... Mas vou conferir o trabalho do rapaz tão bem destrinchado pela sua perspectiva, Tom.
    Beijos.

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    1. Agora, eu ri!
      Eu não tecerei juízo de valor sobre o sertanejo - estou em processo de luto pelo fim anunciado do "Viola, Minha Viola"!
      Nem lhe direi mais do que disse aqui, por ora, sobre o Guri - deixarei por conta da sua pesquisa.
      Espero que tenha gostado do que ouviu, porque eu curti bastante!

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  3. Conheço o Guri há quase um ano e nesse tempo tive o prazer de me tornar seu amigo e conhecer seu trabalho, o qual passei a ser fã !!! Desejo todo sucesso para ele !!! Parabéns Brother e Parabéns pelo blog Tom !!

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    1. Obrigado pela visita e pela força, Leandro!
      Volte sempre!

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