027 - Olhando para o Antigo Novo Amor

Olá, crionças amadjeenhas de Tom!
Comos estamos tod@s? Espero que bem, porque esta semana, quero apenas boas notícias!
Estes dias, por algum motivo, estou buscando coisas solares (embora não necessariamente - ou excessivamente - alegres ou praianos; ambivalência também vale!). Acho que outubro já deu com a cota de canções mais densas e sombrias - talvez pelo resto deste 2015. Por ora, quero sorrisos e sons acolhedores, mesmo que não sejam, por assim dizer, "siceros".
Falando em obras solares, tava mais que na hora de a Discoteca voltar ao nordeste, gente! Terra rica, terra de gente bonita, terra de gente talentosa!
Hoje, vamos com um nome que tem um grande público na internet. É uma pessoinha engraçada (para quem curte um humor mais irônico e sarcástico, com certas doses de esquisitice) que se revelou mais que um rostinho bonito no YouTube.
Já adivinharam de quem falo? Podemos começar os trabalhos?

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Fonte da imagem: http://www.verdinha.com.br/

Álbum: Monomania
Artista: Clarice Falcão
Gravadora: Casa Byington/Sony Music
Data de lançamento: 30/04/2013

Fonte da imagem: https://www.facebook.com/daclarice/

Clarice Franco de Abreu Falcão, filha do joiado diretor João Falcão e da autora Adriana Falcão, ex-senhora Gregório Duvivier, atriz do "Porta dos Fundos" e da novela "A Favorita", responsável pelas trilhas sonoras de "Lisbela e o Prisioneiro" e "Apenas o Fim", garota-propaganda de rede de supermercados, mulé arretada de Recife, além de possuidora de muito talento (e ser cercada por ele desde o berço), é moça de presença divertidíssima pelo seu jeitinho de menina esquisita e espontânea que emana na web. Tanto que lançou seu primeiro álbum na esteira do público formado nos anos de sucesso na internet. Eis Monomania:
Seu som lembra demais a Marit Larsen (já falei dela aqui, lembram?), mas a estética tem algo de agreste (algo que Larsen jamais conseguiria fazer) e suas letras são hilárias (ao contrário das metáforas e implosões sentimentais da norueguesa). Não tenho certeza se isso é intencional ou não, mas este fator não muda a genialidade lírica.

Fonte da imagem: https://www.facebook.com/daclarice/

A faixa que abre o álbum, "Eu Esqueci Você" já denuncia a piada - se a criatura esqueceu, a troco de quê escrever uma canção sobre isso (Só pra você saber, eu esqueci você! E se se eu chegar a te obrigar a me beijar, assume que eu tô drogada.)? O conto da menina grudenta e carente prossegue nas próximas faixas (a faixa-título diz "Já te fiz muita canção. São quatro, ou cinco, ou seis, ou mais"), sem demonstrar cansaço ou esgotamento da fórmula.
A leve quebra vem quando SILVA aparece pra dividir os vocais em "Eu Me Lembro", onde Falcão e ele encarnam o casal que nada parece lembrar de ambos, mas têm tudo pra dar certo! Mais pra frente, "A Gente Voltou" me deixou pensando... eu já estive aí (Você que tá no Titanic, parou o chilique: a gente voltou) - e não é tão legal, vendo agora... nem pra mim, nem pra quem está no Titanic!

Fonte da imagem: https://www.facebook.com/daclarice/

A atmosfera parte folk, parte charleston, com pitadas da MPB-Rodrigoamaranteana (saboreiem este momento, é raro eu falar algo bom desta última característica) parecem fazer afofar o tom da coisas - embora Monomania seja um álbum praticamente escrito pelo meme da namorada psicótica (de "Macaé" sai a seguinte pérola: "se eu falar foi por amor que eu invadi o seu computador, você pega um avião?"). Monomania é simplesmente o título perfeito para o álbum - o foco é apenas um: amar tanto um cabra e se amar tão pouco a ponto de se sujeitar a ser "a empregada da empregada da empregada da empregada do seu tio".
Eu particularmente, acho Clarice Falcão talentosa, linda e sexy. Mas a julgar por Monomania, eu não iria arriscar nada com ela, não! Ainda assim, o álbum é maravilhoso de se ouvir (você provavelmente está a uma distância segura dela).

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